Desodorantes e Antitranspirantes fazem mal?
- Iulle Costa
- 4 de set. de 2017
- 6 min de leitura
O desodorante e o antitranspirante são cosméticos de higiene pessoal. O desodorante possui a função de reduzir o odor do suor, inibindo a produção do mau cheiro. Já o antitranspirante bloqueia a saída da transpiração.
Segundo o professor e especialista em Cosmetologia, Maurício Pupo: "O desodorante é menos agressivo que o antitranspirante, pois não contém alumínio em sua fórmula". Ele explica que os desodorantes geralmente são feitos com agentes antissépticos, que inibem o crescimento bacteriano, responsável pela fermentação do suor e do mau cheiro. Ao eliminar essas bactérias, o mau cheiro desaparece.
Nos desodorantes são usados em geral óleos essenciais como o sândalo, ou ainda ingredientes sintéticos, como o triclosan. "Existe ainda o velho e bom desodorante de bicarbonato de sódio, que é o mais seguro que existe. Ele modifica o pH da pele e inibe assim o crescimento bacteriano", afirma o especialista.
Os antitranspirantes, impedem a saída da transpiração, fazendo com que o suor fique retido dentro do poro. E ele faz isso graças à presença do alumínio, que tem o poder de fechar os poros. Quanto mais alumínio existe na formulação, mais ele irá fechar os poros e por mais tempo os manterá fechados.
Fonte: http://vilamulher.uol.com.br/bem-estar/saude/cuidado-com-o-desodorante-11-1-60-405.html
NÃO é incomum se ouvir rumores de que o antitranspirante pode causar doenças ao organimos, como disfunções renais, câncer de mama e Alzheimer. Tais rumores estão associados as formulações químicas dos antitranspirantes.

FORMULAÇÃO:
Desodorante comum: pode ter como substâncias principais o álcool, o triclosan e uma fragrância. O álcool atua matando as bactérias presentes na nossa pele e o triclosan potencializa a função do álcool, além de inibir o crescimento de outras bactérias. O álcool também atua como um veículo e pode causar alergias em peles sensíveis a essa formulação.
Desodorante antitranspirante: Além do álcool e de uma fragrância, contém em sua composição um sal de alumínio como princípio ativo. Esse composto de alumínio reage com os sais presentes no suor formando um gel que bloqueia temporariamente os poros da pele na região em que o antitranspirante é aplicado, o que causa uma contração dos poros, impedindo as glândulas sudoríparas de liberar mais suor.
O desodorante antitranspirante faz mal ou é seguro?
A pele é capaz de absorver substâncias e transportá-las para a corrente sanguínea, possivelmente causando algum efeito no organismo. Os compostos de alumínio podem adentrar o organismo humano por inalação, ingestão ou atravessando a pele. Porém, pelo tecido cutâneo, o alumínio não é capaz de entrar na corrente sanguínea em grandes quantidades, pois a própria pele age como uma barreira.
– Antitranspirantes e Câncer de Mama
Alguns estudos nos últimos anos indicaram que antitranspirantes à base de alumínio podem aumentar o risco de câncer de mama. Nesse estudo, é descrito que a maioria dos cânceres de mama se desenvolvem na parte superior externa da mama, que coincidentemente é a área mais próxima da axila onde os antitranspirantes são aplicados.
Os estudos sugerem que os compostos de alumínio são absorvidos pela pele, principalmente em pessoas que depilam o local com lâminas, e dizem que esses produtos químicos podem interagir com o DNA, causando alterações cancerígenas nas células. Além disso, os compostos poderiam interferir na ação do hormônio feminino estrogênio, que é conhecido por influenciar o crescimento de células de câncer de mama.
Especialistas como Ted Gansler, diretor do conteúdo médico veiculado pela Sociedade de Câncer Americana, afirmam que não há provas convincentes de que o uso de antitranspirante aumenta o risco de câncer. Ele diz que muitos dos estudos que foram conduzidos eram falhos, e mesmo que alguns produtos químicos do produto tenham sido detectados no tecido do peito, não há provas de que eles causem algum efeito no aumento do risco do câncer de mama.
Além dos sais de alumínio, alguns antitranspirantes podem conter compostos químicos chamados de parabenos, além de estarem presentes também em diversos cosméticos como conservantes e para eliminar micro-organismos indesejados.
Alguns estudos revelam uma relação entre os parabenos e o desenvolvimento de câncer de mama por estes alterarem o equilíbrio hormonal e terem efeitos similares ao estrogênio, que está relacionado ao câncer de mama. Apesar desse comportamento, os parabenos são muito mais fracos que o estrogênio encontrado naturalmente no organismo.
– Antitranspirantes e Alzheimer
Quanto ao mal de Alzheimer, alguns pesquisadores nos anos 70 descobriram que coelhos expostos ao alumínio desenvolveram dano nas células nervosas em seus cérebros. Já nos anos 80, uma pesquisa também revelou altos níveis de alumínio no cérebro de pessoas com Alzheimer. Essas informações causaram receios sobre a exposição diária a compostos de alumínio.
Também é importante lembrar que o alumínio e seus sais não provêm apenas do uso de antitranspirantes, mas estão presentes em diversos produtos do dia a dia como copos, panelas, latas, antiácidos e alimentos.
Desde então, vários estudos sobre uma possível relação do alumínio com o desenvolvimento de Alzheimer vêm sendo realizados, mas até agora nenhum deles conseguiu provar uma ligação entre a exposição ao alumínio e a progressão da doença.
Uma justificativa plausível dada por alguns pesquisadores para os altos níveis de alumínio observados no cérebro de pacientes com Alzheimer pode ser o encolhimento do cérebro que é observado nesses pacientes, o que pode explicar a concentração relativamente alta do composto.
– Antitranspirantes e Doença Renal
Preocupações sobre a relação com problemas renais foram levantadas pela primeira vez há muitos anos, quando foi dada aos pacientes de diálise uma droga chamada hidróxido de alumínio, um antiácido bem conhecido atualmente, para ajudar a controlar os níveis elevados de fósforo no sangue.
Como os pacientes apresentavam problemas nos rins, seus organismos não eram capazes de remover o alumínio com a eficiência de um rim normal. Isso levou ao acúmulo de alumínio no organismo.
Neste caso, em nenhum momento o alumínio é a causa da doença renal. Ele apenas se acumula no organismo devido a uma doença renal pré-existente. Portanto, qualquer ligação entre presença de alumínio no corpo como causa de doenças renais é rumor.
Desde então, a FDA, nos EUA, exige rótulos nos desodorantes antitranspirantes para alertar pessoas com mau funcionamento dos rins sobre o risco de acúmulo de alumínio no organismo. Tal aviso destina-se a pessoas cujos rins estão funcionando em até 30% da sua capacidade total.
Especialistas também afirmam que a quantidade de alumínio que pode ser absorvida pelo uso de antitranspirantes dificilmente irá ser suficiente para prejudicar os rins.
SUAR FAZ BEM!
O suor ou sudorese é um fenômeno fisiológico necessário, que age no controle da temperatura corporal e na excreção de certas substâncias que podem ser tóxicas ao organismo. Os poros presentes na nossa pele liberam suor, que é basicamente composto por água e sais.
Qualquer ambiente úmido é propício para a proliferação de bactérias. As axilas tornam-se ambientes úmidos com grande oferta de matéria orgânica como gorduras e proteínas liberadas junto com o suor. Assim, elas se tornam um ótimo local para as colônias de bactérias se proliferarem.
As bactérias, por sua vez, agem “quebrando” as moléculas do suor, que resulta em compostos que liberam odor. Desta forma, não é o suor em si que possui mau cheiro, mas sim a ação das bactérias presentes na nossa pele
Também houve um boato veiculado na internet que colocou medo nas pessoas, alertando sobre a possibilidade dos antitranspirantes bloquearem a saída do suor, e desta maneira impedirem a liberação de toxinas. É importante ressaltar que o antitranspirante não impede 100% a produção de suor pelas axilas, e que outras partes do corpo podem expelir as toxinas já que as glândulas das axilas estariam parcialmente obstruídas.

Concluindo, usar desodorante antitranspirante faz mal ou não?
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não existem até o momento dados científicos significativos que relacionem de forma concreta os sais de alumínio e/ou os parabenos presentes na fórmula dos antitranspirantes com a incidência de câncer de mama.
O órgão alerta para pessoas alérgicas que alguns antitranspirantes podem irritar a pele e algumas pessoas podem desenvolver uma infecção chamada hidradenite supurativa, que se inicia na glândula sudorípara na axila. Tal infecção pode levar bactérias até a corrente sanguínea e gerar problemas. Mas são casos isolados e não recorrentes.
Por fim, de acordo com o Professor Dr. Marcelo A. Calil, diretor-médico do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), os antitranspirantes têm ação local na superfície da pele e atingem as glândulas sudoríparas, não os tecidos mamários. O câncer de mama é originário do tecido mamário e não da pele, o que não permite relacionar o uso de antitranspirante com o desenvolvimento da doença.
Além disso, os estudos existentes sobre o assunto não são suficientes para afirmar que a exposição a esses elementos é responsável pela mutação do DNA que poderia levar ao câncer.
fonte: http://www.mundoboaforma.com.br/desodorante-antitranspirante-faz-mal/#KQdGEj2g05y3kyFZ.99
Opinião particular:
Inúmeras são as informações que defendem ou não o uso de antitranspirantes, devido ao tamanho das partículas de alumínio, essas podem penetrar nosso corpo e com o uso prolongado serem depositadas em nossos tecidos e até causar danos irreversíveis, mas que ainda não apresentam comprovação científica. Na dúvida? Prefiro usar marcar de desodorantes naturais ou fabricar meu próprio produto.
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